CORIOLANO
de William Shakespeare
Tradução: Fernando Nuno | Adaptação: Esther Góes e Ariel Borghi | Direção: Esther Góes
ATORES
Ariel Borghi (Coriolano) | Esther Góes (Volumnia) | Carlos Meceni | Joca Andreazza | Carlos Morelli | Ale Pessôa | Pérsio Plensack | Cacá Toledo | Josué Torres | Amanda Vides Veras | Jean Dandrah | Pedro Paulo Fermer
Iluminação: Domingos Quintiliano
Música Original: Miguel Briamonte
Cenografia: Fernando Brettas
Figurinos e Adereços: Márcio Vinicius
Coreografia de lutas cênicas: Nícolas Trevijano
Realização: Cia. Ensaio Geral Produções
DESCRIÇÃO
A plebe enfurecida nas ruas de Roma exige preços baratos para o trigo, o fim das leis de agiotagem e terras para cultivar. Seu ódio se volta especialmente contra Caio Márcio, patrício e militar que se opõe às suas reivindicações. A plebe obtém representantes no Senado, os tribunos do povo.
Os volscos atacam Roma. Caio Márcio se distingue na campanha, sitiando e tomando Coríolos, a principal cidade volsca. Retorna a Roma como herói de guerra, agora amado pelo povo, recebendo a coroa de ramos de carvalho e sendo denominado Coriolano por seus feitos. Os patrícios, instados por Volumnia, mãe de Coriolano, conduzem-no ao Senado para elegê-lo cônsul.
Os tribunos do povo insuflam a plebe e criam episódios de provocação nas ruas de Roma, para que Coriolano, fiel a suas ideias, reaja atacando os tribunos e a própria plebe.
Aproveitando o destempero das palavras ditas por Coriolano em praça pública contra a distribuição do trigo e a eleição dos tribunos, estes o denunciam e exigem sua condenação à morte na rocha Tarpéia, penhasco de onde se atiravam os condenados.
Em retumbante decisão no Fórum, com ampla participação popular, mas totalmente dirigida pelos tribunos e por seus asseclas, Coriolano é condenado ao exílio e banido de Roma. Os patrícios pouco podem fazer para impedi-lo e têm que se submeter.
Coriolano sai de Roma humilhado e vai para Âncio procurar Aufídio, seu principal rival na guerra contra os volscos, que já preparava outro exército para atacar Roma. Num episódio inesperado os dois se unem, e Aufídio transfere para Coriolano o domínio do ataque. O objetivo agora é não só tomar como também incendiar Roma, destruindo-a.
Os cidadãos romanos são surpreendidos com o ataque violento e eficaz dos volscos comandos por Coriolano e Aufídio e entram em desespero. O general Comínio e depois o patrício Menênio Agripa vão à procura de Coriolano, no acampamento volsco, para implorar por misericórdia. Coriolano, transfigurado e irreconhecível, apenas impõe impossíveis condições a Roma.
Finalmente, a mãe e a mulher de Coriolano o procuram para suplicar. Uma Volumnia reduzida a si mesma, sem a arrogância e a ilusão do poder patrício, se arrasta junto com Virgília diante de Coriolano e logra convencê-lo. Coriolano propõe a paz entre as duas nações.
Aufídio, sentindo-se aviltado diante de seus exércitos, denuncia Coriolano como traidor aos senadores volscos. Envolve-o em uma cilada e o faz ser morto diante deles.
Roma, no V século AC., um cenário de carência alimentar, irracionalidade, corrupção de alto a baixo, estruturas de poder em crise, mas inabaláveis. O presente e o futuro seguindo a mesma linha de contradições e acordos impensáveis. - com Ariel Borghi e Pérsio Plensack